Isa Zilli nos ajuda a entender de onde surge toda a criatividade, e desenvoltura da artista “A cultura sempre foi ponto de honra na família Antonietto. A historia da pintora começou em 1995 quando cursou pintura com Angela Bageustos, no escritório de Arte Adaline Caron, e não parou mais. Continuou sua trajetória fazendo vários cursos e entrando como integrante do grupo Ladies juntamente com Cristina Cesário, Jacyra Abujamra, Lory Archer e Wilhelma Marcelli. Inicialmente priorizou as flores em suas obras, evoluindo ate chegar á abstração. ..”
Como afirma o artista plástico, curador e orientador Edilson Viriato, “Miriam possui uma grande caminhada nas artes, a artista trabalha com acrílica e mista sobre tela. Miriam pesquisou, mesclando o passado ao moderno em suas obras, revelando através da cor momentos registrados pelos instantes.”
O jornalista Claudio Seto, uma vez comentou sobre suas obras afirmando “São o retrato da sensibilidade de quem a produziu. Miriam capta a aura de tudo que compõe seu universo; como um arco íris de cor, luz e harmonia. É essa a visão que transporta para as telas; mais com a alma e o coração, do que com a razão direta das coisas.”
Mas nada como ouvir a própria artista para entender usa trajetória. “ Acredito que no recôndito de nossas mentes exista uma memória genética universal, onde estão gravados fatos, experiências, alegrias e tristezas, vividas por nossos ancestrais.
Ao passarmos por alguns lugres ou vivermos algumas situações, sentimos certo ar de dejavu.
Minhas obras representam um mergulho para o inconsciente, resultado em imagens fragmentadas de sonhos irreais, aliados a realidades de certezas e incertezas.
A arte representa um « todo » em qualquer tempo e lugar. A junção da realidade alia-se a fragmentação do inconsciente unico e universal ; assumindo a grandiosidade de uma obra completa.
Representa uma tentativa de fundir o sentido amplo da percepção profunda da arte a contemporaneidade que encaminha ao futuro, o artista que existe em mim.
Procuro em minhas obras exteriorizar o ser completo e complexo que sou. Assumo então uma cumplicidade, onde espero comprometer emocionalmente o observador, levando-o a mergulhar profundamente ate o amago da arte apresentada. Poderá então fragmenta-la, e quando reunir suas inúmeras facetas, sinta a sensação de interferência e julgamento, caracterizando e conhecendo os sentimentos da artista que as concebeu.
Acredito que minhas obras não ensinam, apenas sugerem. Falam de novas possibilidades, de esperança e devaneios, com gestos ora simples e delicados, ora complexos e fortes.
Sinto-me como uma equilibrista, caminhando sobre a face de um poema.
Nas telas, a beleza das flores, a luz das estralas sopradas ao vento retornarão como realidades, dependendo da sensibilidade e percepção de quem observa.
Que Deus permita a todos sonhar, olhar ao nosso redor, conhecer a felicidade, o amor, a dor, que são inerentes ao ser humano. Procurarei transformar palavras em gestos, cores e imagens, transmitindo todo o interior de minha alma ; pois a linguagem do imponderável só é entendida pelo coração e pela sensibilidade. "